200 milhões de euros para modernizar empresas que foram objeto de reestruturação;

200 milhões de euros para modernizar empresas que foram objeto de reestruturação
As Pequenas e Médias Empresas (PME) portuguesas, que foram objeto de um processo de reestruturação bem-sucedido e que são economicamente viáveis, têm à disposição uma nova linha de crédito a “Restart e Modernize”, no valor de 200 milhões de euros.

O Banco Europeu de Investimento (BEI) e a Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) deram mais um passo no sentido de conceder financiamento às Pequenas e Médias Empresas (PME) portuguesas que foram objeto de uma reestruturação bem-sucedida e que necessitam de fundos para investir em inovação, nomeadamente para a compra de novas máquinas e matérias-primas, com o objetivo de se tornarem mais competitivas.
Em conjunto, as duas instituições irão disponibilizar 200 milhões de euros para apoiar a modernização e a capitalização das PME e ‘mid-caps’ portuguesas. O banco da União Europeia concederá um empréstimo de 100 milhões de euros à IFD, e a instituição de fomento nacional assegurará que os intermediários financeiros complementem o empréstimo do BEI com, pelo menos, o mesmo montante em benefício das empresas.
Esta iniciativa pretende concretizar mais uma das medidas previstas no Programa Capitalizar, operacionalizado pelo Ministério da Economia, proporcionando o acesso ao financiamento a empresas recentemente reestruturadas, que têm maiores dificuldades em aceder ao crédito bancário.
Este novo instrumento prevê não apenas o apoio direto a investimento em capital fixo associado ao desenvolvimento de projetos que visem a recuperação empresarial, mas também o apoio a necessidades de fundo de maneio resultantes do desenvolvimento de tais projetos.
A assinatura deste novo programa "Restart and Modernize" entre o BEI e a IFD, mais conhecida como Banco de Fomento, decorreu na passada semana, no Clube Universitário do Porto e contou com a presença da vice-presidente do BEI, Emma Navarro, e do presidente da Comissão Executiva da IFD, Henrique Cruz, numa cerimónia que contou ainda com a presença do Ministro-Adjunto e da Economia.
No seu discurso, Pedro Siza Vieira afirmou que é “fundamental apoiar as empresas que passaram pelo difícil processo de reestruturação” e que “esta linha de financiamento será um instrumento dirigido às empresas que ultrapassaram essa etapa, canalizando fundos para serem competitivas e, assim, iniciar esta nova fase da sua vida com mais solidez e confiança”.
Por seu turno, a vice-presidente do BEI, Emma Navarro, disse que as PME “são fundamentais para promover o crescimento económico e a criação de emprego em Portugal”. Nesse sentido, e através deste financiamento, o BEI “está a apoiar empresas que passaram por uma reestruturação de forma bem-sucedida e que agora procuram financiamento para os seus projetos de modernização promovendo ao mesmo tempo a inovação”. Na sua intervenção a responsável frisou ainda que é também com “grande satisfação” que o BEI reforça a sua colaboração com a IFD e assegurou que “os bancos de fomento nacionais são parceiros-chave do BEI em toda a União Europeia e desempenham um papel muito importante na economia”.
Já o presidente da Comissão Executiva da IFD, Henrique Cruz, lembrou que sem acesso a novos financiamentos “todos os ativos produtivos” dessas empresas, incluindo os postos de trabalho, correm o risco de ser “desmantelados”, apesar de associados a uma atividade economicamente viável. Disse ainda que as empresas a que se destinam esta linha de crédito enfrentam “fortes restrições” ao acesso de crédito junto das instituições.
FERNANDA SILVA TEIXEIRA fernandateixeira@vidaeconomica.pt, 21/12/2018
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