EMPRESAS FAMILIARES – PERGUNTAS E RESPOSTAS;

EMPRESAS FAMILIARES – PERGUNTAS E RESPOSTAS
Damos sequência nesta edição do jornal METAL ao esclarecimento de questões colocadas pelos empresários relacionadas com a gestão de empresas familiares.
Esta coluna surge no âmbito da criação por parte da AIMMAP do Gabinete de Apoio às Empresas Familiares, que é resultado de um protocolo celebrado pela AIMMAP e a EFconsulting, empresa especializada na consultoria de gestão a empresas familiares.
Todas as questões colocadas serão alvo de resposta por este meio ou mesmo diretamente em função da urgência ou complexidade da questão.
O texto das perguntas colocadas poderá ser alvo de alguma adaptação em função do espaço disponível e por forma a garantir a não identificação do seu autor.
Todos os interessados em obter esclarecimentos sobre esta temática poderão enviar as suas questões para o e-mail joao.girão@aimmap.pt

O meu Pai vem-me perguntando com uma grande insistência se eu quero trabalhar na empresa da Família. Para mim, a empresa é um bom negócio e oferece boas oportunidades, contudo, tenho receio de, ao juntar-me à empresa e posteriormente decidir que não gosto de lá trabalhar, não conseguir sair – nem me imagino a dizer ao meu Pai que não gosto do negócio ao qual ele dedicou toda a sua vida. É um verdadeiro dilema que não sei como resolver.

Muitos dos familiares das gerações mais jovens sentem os mesmos receios. Conhecemos alguns que evitaram integrar a Empresa Familiar, com receio de caírem numa “armadilha”. E também conhecemos outros que se juntaram à empresa controlada pela Família e, realmente, sentiram-se “encurralados”, sendo que, por essa razão vieram mais tarde a arrepender-se.
São, no entanto, inúmeros os exemplos dos que alcançam a sua realização profissional e pessoal no âmbito do negócio familiar.   
O nosso conselho é para que seja o mais sincero e frontal possível com o seu Pai. Conte-lhe os seus interesses e as suas preocupações. Pensamos que ele compreenderá.
Na verdade, os pais devem ajudar os seus filhos a ultrapassar os seus medos dizendo-lhes que o mais importante é estarem felizes com o seu trabalho. Deverão igualmente demonstrar compreensão perante as paixões profissionais de cada um e tornar claro que, se a opção passar por trabalharem na empresa e gostarem da experiência, isso será ótimo, mas se posteriormente não vierem a gostar, tudo ficará bem na mesma. Deverão enfatizar que o mais importante é que os seus filhos se sintam bem consigo próprios”.
Entre no negócio com a condição de, se não for o mais indicado para si, poder sair sem ressentimentos.
Não deve é acomodar-se e resignar-se à situação – o resultado costuma evidenciar duas eventualidades: uma insatisfação com a consequente baixa produtividade pessoal e um impacto negativo para a empresa.

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