A evolução dos centros comerciais no futuro das cidades;

A evolução dos centros comerciais no futuro das cidades
Nas cidades de hoje, os centros comerciais estão a progredir no desenvolvimento urbano a que temos vindo a assistir. As cidades são caracterizadas por uma crescente heterogeneidade.
A composição da população é mista e a seleção de bens, serviços e atividades de lazer muito mais extensa. O estilo de vida moderno é flexível, orgânico e hiperdinâmico.
Os centros comerciais, no centro de uma cidade, tornar-se-ão cada vez mais parte integrante da paisagem urbana. O consumo situacional ou de proximidade diz-nos que estes devem ser vistos como uma opção que encontramos ao caminharmos por uma cidade. Em muitos aspetos, devem ser um destino em si mesmos.
Com o desenvolvimento urbano, os centros comerciais precisam de fazer mais para se tornarem destinos atrativos no futuro. Até agora, a atratividade era gerada apenas pela função das compras. Daqui para a frente, surgirá também na forma de como os novos centros serão projetados, numa determinada área de uma cidade.
Os centros comerciais passarão por algumas mudanças, onde a parte mais significativa será o desenvolvimento para a sua integração dentro das cidades com a integração de mais funções das cidades no interior dos centros. Nos próximos anos, estes deverão tornar-se parte das tendências que moldarão as cidades do futuro.
O placemaking será crucial no futuro dos centros comerciais que deverão ser cada vez mais virados para as pessoas, onde se estimule uma maior interação entre elas. Deverão, ao mesmo tempo, conseguir dar ao consumidor uma história para ele levar para casa.
O consumidor atual procura cada vez mais experiências, que os centros comerciais estarão obrigados a oferecer. Tal como os conhecemos, estão a mudar, havendo uma evolução de um local para comprar coisas para um local para fazer coisas. Os conceitos de experiência, lazer, bem-estar e comunidade irão moldar a evolução da próxima geração de shoppings.
Os centros comerciais irão precisar de trabalhar mais do que nunca para manter uma conexão com os seus visitantes e isso significará que terão de se reinventar. Há uma grande oportunidade para os proprietários e gestores inovarem, obterem valor, tornando os shoppings com maior relevância para os consumidores do século XXI.
No futuro, os centros comerciais estarão menos focados nas compras em lojas e mais vocacionados em dar às pessoas novas experiências que não poderão ser realizadas on-line. Os mais inovadores estão a incorporar elementos de valor acrescentado, de modo a reformular o seu interior como um novo centro da cidade com concertos, centros de artes, spas, academias, serviços públicos e mercados biológicos.
Ao mesmo tempo, a tecnologia também poderá ser utilizada para proporcionar aos visitantes uma experiência mais bem conseguida. Aplicativos móveis podem oferecer promoções, itinerários, navegação digital e a reserva de inúmeros serviços. Será possível estender a relação dos centros comerciais com os seus clientes antes e depois da sua visita, com ofertas personalizadas, bem como a utilização de anúncios direcionados com base na inteligência em tempo real e marketing baseado na localização.
Os vencedores de amanhã serão aqueles que tiverem a capacidade de transportar o mundo digital, de forma que possam conquistar os clientes, construindo lealdade, ao mesmo tempo que é gerado valor para o centro comercial.
Bernardo Cabral Meneses, Diretor Centro Comercial Évora Plaza, 09/11/2018
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