Suecos integram top 5 dos investidores do mercado imobiliário português;

‘Radiografia’ da ERA Portugal aos clientes internacionais
Suecos integram top 5 dos investidores do mercado imobiliário português
O imobiliário em Portugal está a viver um dos melhores momentos de sempre. Depois de vários anos de crise este setor deu a volta e a comercialização de imóveis é, nos dias de hoje, um negócio de milhões. Para esta melhoria contribuíram os portugueses mas também os estrangeiros que procuram Portugal para viver, para passar férias ou apenas para investir.
A ERA Portugal fez uma ‘radiografia’ aos seus clientes estrangeiros e determinou o top cinco de nacionalidades que compraram imóveis na empresa, no primeiro semestre de 2018, e encontrou algumas surpresas. Os angolanos e os alemães, que durante alguns anos ocuparam um lugar neste pódio, desaparecem agora, dando lugar aos suecos e aos holandeses. A tendência de compra, por parte dos estrangeiros, mantém-se em alta.
Analisando em detalhe os dados da ERA Portugal, verificamos que os franceses ocupam o primeiro lugar no ranking das transações realizadas por estrangeiros (1,4%), em segundo lugar estão os britânicos (0,7%), em terceiro vêm os brasileiros e os suecos (0,4%), seguidos pelos holandeses (0,2%). A grande surpresa neste top cinco são os suecos e os holandeses, que se destacam pela primeira vez no mercado português como compradores de imóveis.
No total, os estrangeiros representaram 7,2% da faturação total da rede ERA nos primeiros seis meses de 2018.
Quanto ao tipo de imóveis procurados por cada uma das nacionalidades que está no top cinco da ERA, os franceses procuram sobretudo apartamentos com a tipologia T3, os cidadãos do Reino Unido, Brasil e Holanda adquirem, na sua maioria, apartamento com dois quartos (T2), os suecos, por seu lado, procuram acima de tudo espaços comerciais para investimento: lojas, armazéns e escritórios. São precisamente os cidadãos naturais da Suécia que compram os imóveis com o preço mais elevado, sendo o valor médio de cada transação é 467.083,33, seguindo-se os franceses com transações a rondarem uma média de 199.630,51 cada, depois estão os cidadãos do Reino Unido com o valor médio de cada transação a rondar os 168,797.30 e por fim estão os brasileiros com transações com um valor médio de 153.223,41.
 
Procura de imóveis fora dos centros

Lisboa, Porto e Algarve continuam a ser as regiões mais procuradas pelos estrangeiros que querem comprar imóveis. No entanto, de acordo com os dados da ERA Portugal, assistimos a uma tendência dos investidores internacionais adquirirem imóveis fora dos grandes centros urbanos.
Para os investidores estrangeiros, o investimento em Portugal vai ao encontro das suas expectativas, possibilitando uma “efetiva diversificação do risco” e permitindo “alcançar elevados retornos comparativamente com outros mercados mais maduros”.
João Pedro Pereira, da Comissão Executiva da ERA Portugal, considera que o interesse crescente dos estrangeiros no mercado imobiliário nacional tem a ver com vários fatores: “por um lado, o país vive um momento de crescimento económico que se reflete no equilíbrio das contas públicas e na retoma da construção, contrariando assim a tendência dos últimos anos; por outro lado, Portugal está na moda (turisticamente falando), recebemos milhares de turistas todos os meses que trazem receita e que dão a conhecer Portugal nos seus países de origem; depois o investimento no nosso país vai ao encontro das expectativas dos investidores estrangeiros, possibilitando uma efetiva diversificação do risco, permitindo alcançar elevados retornos comparativamente com outros mercados mais maduros e finalmente há outros estrangeiros que têm laços familiares que os unem a determinadas regiões do país”.
O responsável da ERA Portugal considera ainda que as perspetivas de futuro para este tipo de mercado são boas, até porque os estrangeiros tendem a investir fora dos grandes centros urbanos, “os estrangeiros trarão também a estas regiões novas dinâmicas económicas que promoverão o seu desenvolvimento”, conclui o responsável.
Os números da ERA vão ao encontro dos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que indicam que a venda de imóveis a não residentes em 2017 aumentou 19,2%, assim como também o valor transacionado, que subiu 22,6%, face a 2016.
Susana Almeida, 09/11/2018
Partilhar
Comentários 0