Zona Euro cada vez mais perto da recessão;

Zona Euro cada vez mais perto da recessão
Os indicadores relativos à Alemanha levantam cada vez mais preocupações entre os operadores económicos.
A arividade privada da Zona Euro atingiu em setembro um valor de 50,1 pontos, o que compara com os quase 52 pontos do mês anterior. Agravam-se os indicadores económicos no sentido de uma recessão. Os resultados da Markit dão conta que a travagem de setembro foi mais acentuada do que anteriormente.
Mas o mais preocupante é que os indicadores de setembro revelam que a Zona Euro está perante o cenário mais negro desde que se iniciou o atual período de expansão em meados de 2013, alerta aquela empresa consultora. Com efeito, a contração registada no nono mês do ano foi a mais acentuada desde junho de 2013, o que se fica a dever sobretudo ao enfraquecimento do setor industrial e aos resultados económicos da Alemanha, que têm piorado de forma continuada nos últimos meses.
Acontece que os volume dos pedidos industriais recebidos estão a cair ao ritmo mais forte em mais de seis anos e o crescimento do emprego alcançou o seu nível mais baixo desde os inícios de 2016, adianta a Markit. Por seu lado, a Espanha foi o Estado-Membro que obteve, em setembro, o volume de atividade mais elevado, com 51,7 pontos. Em segundo lugar colocou-se a Irlanda, com um índice de 51 pontos, o seu nível mais baixo desde maio de 2013. Este abrandamento é revelador que mesmo as economias que revelaram maior dinamismo nos últimos tempos também estão a sofrer as consequências. Quanto à França, teve o pior resultado em cinco meses, com o respetivo índice a situar-se nos 50,8 pontos. Já a Itália caiu para mínimos desde junho passado, com 50,6 pontos.
Mas o pior indicador foi mesmo para a Alemanha, cuja atividade privada apresentou o seu pior nível desde meados de 2012, bem como a primeira contração desde 2013, o que está a suscitar fortes preocupações, já que se trata do motor da economia europeia. Os riscos de contágio são evidentes e daí o país estar a ser pressionado a utilizar a margem orçamental, no sentido do investimento público e do impulso das economias da Zona Euro. 
 
Susana Almeida, 10/10/2019
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