Taguspark investe 50 milhões de euros para renovar e reforçar parque de ciência e tecnologia de referência;

Eduardo Baptista Correia, CEO do Taguspark
Taguspark investe 50 milhões de euros para renovar e reforçar parque de ciência e tecnologia de referência
O Taguspark iniciou em 2018 um projeto 
de regeneração, modernização e investimento 
em novo edificado, destaca Eduardo Baptista Correia
Atualmente, coexistem no Taguspark cerca de 160 empresas, 26 startups e 16.000 pessoas.  Em entrevista, Eduardo Baptista Correia, CEO, destaca que o Taguspark fechou o ano 2019 com uma taxa média de ocupação de 81,6%.  Destaca que os últimos anos são de crescimento e a tendência é para que assim continue, até porque estão numa rota de regeneração do edificado.
 
Que condições oferece o Taguspark para as empresas que queiram instalar-se no seu espaço? 
O Taguspark é um centro privilegiado e com condições únicas para potenciar o sucesso empresarial. Junta as peças essenciais para o desenvolvimento científico e tecnológico gerador de riqueza. A interação entre a universidade, os centros de investigação e as empresas é um dos elementos de diferenciação. A qualidade deste interface, que permite ao Taguspark, às organizações, aos empresários e às startups desenvolver soluções comercializáveis, com capacidade de exportação e internacionalização, constitui fator único no contexto nacional. Simultaneamente, o espírito comunitário do parque também o diferencia, sendo a proximidade entre as diferentes empresas aqui instaladas cada vez maior.
Por outro lado, o Taguspark tem uma localização invejável, em Oeiras. Está muito próximo da cidade e do aeroporto internacional de Lisboa. Conta com um índice bastante elevado de zonas e espaços verdes, vistas magníficas para o mar, para o Tejo e para a serra de Sintra, e uma qualidade do ar substancialmente mais equilibrada do que os centros urbanos que nos circundam. É um parque de ciência e tecnologia em pleno processo de transformação e evolução. Estamos a dar os passos para nos tornarmos numa cidade de conhecimento de referência europeia. Atualmente, coexistem no Taguspark cerca de 160 empresas, 26 startups e 16.000 pessoas. Fechámos o ano 2019 com uma taxa média de ocupação de 81,6%. Os últimos anos são de crescimento e a tendência é para que assim continue, até porque estamos numa rota de regeneração do edificado. Alguns dados de que dispomos mostram que, atualmente, a procura é superior à oferta, que a rotatividade das empresas é baixa e que cerca de 96% das empresas ficam mais de 10 anos. Temos empresas connosco há décadas.
 
Quais as características do espaço para arrendamento, áreas, preços médios e outras condições?
O Taguspark é um local de arquitetura inovadora e edificado de baixa estatura. Com um preço competitivo, o parque tem vindo a modernizar o seu edificado, a aumentar a área de escritórios e a melhorar os espaços comuns, para continuar a ser uma referência atrativa e competitiva para empresas que querem estar presentes num ambiente de competitividade internacional e num centro empresarial que promova um ambiente urbano sustentável. Esta é uma cidade de infraestruturas modernas equipadas com tecnologia de ponta. O nosso edificado disponibiliza tipologias e serviços para acolher todo o tipo de empresas, sejam pequenas, médias ou grandes empresas, nacionais e multinacionais. Tem, inclusive, a única incubadora no Sul do país com um laboratório preparado para startups de química, bioengenharia e ciências da vida, que foi berço de empresas como a Talkdesk, um dos pré-unicórnios portugueses. Além disso, o Taguspark oferece um leque de serviços variados e complementares, como espaços de restauração, clínicas de saúde, farmácia, o mercado tradicional das terças-feiras, que já é uma referência local, e a própria arte, que prolifera cada vez mais pelo parque e que vai continuar a crescer, materializando o projeto de Museu de Arte Urbana do Taguspark. Tudo isto é conjugado com a própria filosofia do Oeiras Valley e o desenvolvimento socioeconómico e político que o município atravessa.
  A que se destina o conjunto de investimentos previstos no Taguspark?  
O Taguspark iniciou em 2018 um projeto de regeneração, modernização e investimento em novo edificado. Trata-se de um investimento na ordem dos 50 milhões de euros para renovar e reforçar a sua condição de parque de ciência e tecnologia de referência em Portugal. Nove milhões de euros estão a ser investidos na regeneração dos edifícios tecnologia e Inovação (8 no total). A regeneração prossegue a bom ritmo e a sua conclusão está prevista para o final do primeiro semestre de 2021. Este investimento já permitiu a atração de várias empresas. Neste momento está no terreno a construção de dois edifícios de raiz no Taguspark com 4000 m2 cada, que resultam num investimento de 23 milhões de euros. Os dois novos edifícios vão acolher a portuguesa PHC Software, que vai assim mudar-se para o Taguspark, e a multinacional Miniclip, empresa líder mundial em jogos online, que vai ter assim o seu próprio edifício.
 
 Em relação ao hotel, em que fase se encontra? 
 A construção de um hotel de 4 estrelas de um grupo internacional está prevista para 2021 e é parte integrante do investimento que está a ser realizado. Esta será uma infraestrutura muito importante para consolidar a dinâmica de desenvolvimento e crescimento do Taguspark.
 
Quanto aos terrenos disponíveis, o objetivo é a venda a privados? 
Num futuro de médio prazo, teremos a segunda fase do parque, em que estão previstos cerca de 200 mil m2 de construção. O Taguspark tem ainda à sua frente uma rota de crescimento e ampliação do edificado e do território. Esta é a região da zona metropolitana de Lisboa que tem apresentado os melhores índices de desenvolvimento nas últimas décadas e que efetivamente está melhor preparada para acolher empresas de base tecnológica e científica. É aqui que os temas da qualidade de vida, criação de riqueza e equilíbrio social integram de modo muito focado a tomada de decisão no que à visão de longo prazo diz respeito. E, por consequência, a análise de todas as decisões que são tomadas e que em coerência devem contribuir para esse princípio de objetivo de qualidade de vida.

ELISABETE SOARES elisabetesoares@vidaeconomica.pt, 22/10/2020
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