IASB tem uma tarefa difícil pela frente
O IASB defronta-se com vários desafios no médio prazo. Os tempos não são fáceis, tendo em conta os problemas de linguagem e as dificuldades de tradução. Mas as IFRS também oferecem oportunidades aos contabilistas em países que adotem a mesma literatura, defende Amaro Gomes, membro do IASB, em entrevista à revista “Contabilista”. Seja como for, a melhor ferramenta contra a manipulação será sempre a transparência.
Na perspetiva deste profissional brasileiro, a criação do IASB transformou para melhor o ambiente contabilístico internacional e as IFRS representam, atualmente, um importante elo para a estabilidade financeira e o desenvolvimento económico. O facto de cada vez mais jurisdições adotarem as IFRS é entendido como uma nova oportunidade para os contabilistas certificados, na medida em que normas mais uniformes fortalecem a profissão. No entanto, admite que se levantam alguns problemas. “A estrutura conceptual utilizada no presente momento não inclui aspetos importantes, como princípios de mensuração. Estamos na fase de redação do novo e completo pronunciamento da estrutura conceptual, que será publicado até ao final do próximo mês de março.”
Amaro Gomes admite que o novo processo é “o reconhecimento de que se demorava muito para concluir alguns projetos, pelo facto de não haver um conhecimento mais completo dos problemas e das evidências disponíveis no mercado, principalmente oriundos da academia”. Tal representa uma evolução natural do processo de desenvolvimento das normas pelo IASB e demonstra a preocupação em trabalhar de maneira eficiente, no sentido de melhorar a literatura IFRS. Considera que a Academia tem um papel fundamental, já que pode disponibilizar material precioso, com evidência abundante para subsidiar os trabalhos do IASB. “O foco do IASB estará nos projetos objeto de análise, nos termos do programa de trabalho. De momento, esses temas são as atividades reguladas, goodwill e imparidade, justo valor, classificação de instrumentos financeiros compostos, combinação de negócios sob controlo comum, estrutura e conteúdo das demonstrações financeiras primárias.”
Transparência “versus” manipulação
O membro do IASB acredita que a melhor arma contra a manipulação é a transparência, uma estrutura efetiva de governo cooperativo, a atuação de auditores competentes e o exercício legal de monitorização e supervisão com ferramentas adequadas, bem como pessoal capacitado e instrumentos legais que promovam a observância estrita das normas e exigências legais. As IFRS, neste ambiente, contribuem de maneira relevante.
Considera ainda que as IFRS são uma realidade e um elemento fundamental num mundo em que o fluxo de capital é crescente e representam um importante elo para a estabilidade financeira e, consequentemente, para o desenvolvimento económico de longo prazo. “As IFRS são desenvolvidas mediante um amplo e transparente processo de discussão pública e não representam apenas a realidade anglo-saxónica.”
Na opinião de Amaro Gomes, a contabilidade é uma ciência social e na preparação de demonstrações financeiras o exercício do julgamento profissional é exigido em praticamente todos os elementos de ativos e passivos, envolvendo, por exemplo, mensuração, imparidade, depreciação. “Se temos algo que não requer julgamento, é, seguramente, o valor apresentado no caixa. A credibilidade das informações contabilísticas está diretamente associada à independência e à capacitação no julgamento profissional, conjugando a comunicação clara dos aspetos relevantes associados.”
Amaro Gomes admite que o novo processo é “o reconhecimento de que se demorava muito para concluir alguns projetos, pelo facto de não haver um conhecimento mais completo dos problemas e das evidências disponíveis no mercado, principalmente oriundos da academia”. Tal representa uma evolução natural do processo de desenvolvimento das normas pelo IASB e demonstra a preocupação em trabalhar de maneira eficiente, no sentido de melhorar a literatura IFRS. Considera que a Academia tem um papel fundamental, já que pode disponibilizar material precioso, com evidência abundante para subsidiar os trabalhos do IASB. “O foco do IASB estará nos projetos objeto de análise, nos termos do programa de trabalho. De momento, esses temas são as atividades reguladas, goodwill e imparidade, justo valor, classificação de instrumentos financeiros compostos, combinação de negócios sob controlo comum, estrutura e conteúdo das demonstrações financeiras primárias.”
Transparência “versus” manipulação
O membro do IASB acredita que a melhor arma contra a manipulação é a transparência, uma estrutura efetiva de governo cooperativo, a atuação de auditores competentes e o exercício legal de monitorização e supervisão com ferramentas adequadas, bem como pessoal capacitado e instrumentos legais que promovam a observância estrita das normas e exigências legais. As IFRS, neste ambiente, contribuem de maneira relevante.
Considera ainda que as IFRS são uma realidade e um elemento fundamental num mundo em que o fluxo de capital é crescente e representam um importante elo para a estabilidade financeira e, consequentemente, para o desenvolvimento económico de longo prazo. “As IFRS são desenvolvidas mediante um amplo e transparente processo de discussão pública e não representam apenas a realidade anglo-saxónica.”
Na opinião de Amaro Gomes, a contabilidade é uma ciência social e na preparação de demonstrações financeiras o exercício do julgamento profissional é exigido em praticamente todos os elementos de ativos e passivos, envolvendo, por exemplo, mensuração, imparidade, depreciação. “Se temos algo que não requer julgamento, é, seguramente, o valor apresentado no caixa. A credibilidade das informações contabilísticas está diretamente associada à independência e à capacitação no julgamento profissional, conjugando a comunicação clara dos aspetos relevantes associados.”