SNS poupa 4000 milhões com genéricos
“Nos últimos 15 anos, o Serviço Nacional de Saúde poupou quatro mil milhões de euros com o uso de medicamentos genéricos e biossimilares, sendo que, deste valor, três mil milhões de euros se referem ao período entre 2011 e 2017”, afirmou Paulo Lilaia, presidente da APOGEN, na sessão comemorativa dos 15 anos da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares.
“O uso de medicamentos genéricos e biossimilares no SNS significa uma poupança potencial de 416 milhões de euros entre 2018 e 2020”, acrescentou.
Paulo Lilaia, presidente da APOGEN há 10 anos, lembrou que “o uso de medicamentos genéricos e biossomilares permite, para além de uma poupança vital para a sustentabilidade do setor da saúde, o maior acesso de doentes às terapêuticas e a canalização do investimento em medicamentos inovadores que tragam valor terapêutico acrescentado”.
Para comemorar os seus 15 anos de atividade, a associação juntou um painel de convidados – Nicolau Santos, António Vaz Carneiro e António Melo Gouveia – para discutir o presente e o futuro dos medicamentos genéricos e biossimilares, num evento que decorreu no Centro Cultural de Belém.
A Nicolau Santos, residente do Conselho de Administração da Agência Lusa, coube fazer um enquadramento do presente e do futuro da economia a nível nacional e internacional, seguindo o painel com a intervenção de António Vaz Carneiro, diretor do Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência, que se centrou na equivalência entre medicamentos inovadores e biossimilares.
Seguiu-se António Melo Gouveia, diretor dos Serviços Farmacêuticos do IPO de Lisboa, que falou sobre os benefícios económicos e no acesso a medicamentos, do uso de genéricos e biossimilares, deixando a mensagem de que “se um grupo relevante de medicamentos não tiver genéricos, torna-se num fator de insustentabilidade”.
“Metade dos medicamentos dispensados já são genéricos”
O evento foi encerrado por Rosa Matos, secretária de Estado da Saúde, em representação do Ministro da Saúde, que lembrou que “metade dos medicamentos dispensados já são genéricos”, destacando a necessidade de se investir para que a quota de genéricos e biossimilares possa crescer.
Paulo Lilaia recordou ainda que, de acordo com a Medicines for Europe – Associação Europeia de Medicamentos Genéricos e Medicamentos Biossimilares –, na Europa, os genéricos representam 62% da totalidade dos medicamentos dispensados e proporcionam uma poupança superior a 100 mil milhões de euros, servindo mais de 500 milhões de doentes só na Europa.