Perspetivas de crescimento para a Zona Euro deterioram-se
A atividade total da Zona Euro foi de 54,8 pontos, em junho, o que compara com os 54,1 de maio, sobretudo devido ao bom desempenho do setor dos serviços. No entanto, os analistas estão menos otimistas quanto ao que vai suceder nos próximos meses na região da moeda única, em termos de atividade económica global.
No que se refere a maio, o aumento do comércio de serviços compensou o abrandamento das indústrias, segmento que permaneceu em 55 pontos e mínimos de 18 meses, de acordo com a Markit. A atividade económica recuperou algum do seu ímpeto, apesar de não ter recuperado por completo o ritmo de expansão verificado logo no início do ano. O setor dos serviços também pressionou em alta a inflação dos preços, para além de ter dado o impulso mais importante para um crescimento mais consistente no que respeitou à criação de emprego. Estão a verificar-se receios quanto à atividade comercial e à estabilidade política. As expectativas em termos de procura são agora bastante mais moderadas. As coisas poderão complicar-se ainda mais nos próximos meses, deduz-se da análise elaborada pela Markit.
A conjugação dos vários fatores leva a pensar que o crescimento da atividade total e do emprego se vai deteriorar. A menos que a procura dê sinais de recuperação. O setor industrial parece particularmente propenso a um novo abrandamento nos próximos meses. As empresas aponta sobretudo a incerteza política e a “guerra” comercial entre algumas das grandes potências. Assim, os indicadores apontam para riscos de uma nova evolução desfavorável no segundo semestre do ano.