Crescimento da Zona Euro cai para mínimos de mais de dois anos
O crescimento económico do setor industrial da Zona Euro atingiu mínimos de 26 meses. Todos os países apresentaram mínimos, exceto a Espanha. Foi o terceiro mês consecutivo de quebra na indústria da região da moeda única, de acordo com dados da Markit. O índice de outubro foi de 52 pontos, o que compara com os 53,2 do mês anterior.
No início do último trimestre persistiu a desaceleração e, pela primeira vez em cinco anos e meio, baixaram os pedidos para exportação e a preocupação relativamente ao comércio mundial deixa a confiança em mínimos desde dezembro de 2012. O contexto comercial global está a afetar o setor industrial da Zona Euro de forma cada vez mais evidente, com os pedidos a caírem de forma notória.
Os dados da Alemanha (52,2 pontos) e da França (51,2) são preocupantes, em mínimos de 29 e 25 meses. Mas a Itália chegou mesmo a mínimos de 46 meses, com a agravante que entrou em terreno de contração.
A Espanha apresentou uma evolução meramente modesta. A Irlanda, a Áustria e a Grécia conseguiram crescimentos consistentes, ainda que mais lentos do que anteriormente. A confiança empresarial também baixou para níveis de 2016, segundo aquela agência estatística. Tal foi particularmente notório entre os empresários alemães.
É um facto que a preocupação do setor industrial da região da moeda única se intensificou e é possível que a contração se acentue no último trimestre, a menos que os indicadores recuperem nos próximos meses. A impressão que fica é que o problema diz agora respeito à totalidade dos setores industriais, quando inicialmente estava centrado sobretudo no mercado automóvel. Por outro lado, a crescente aversão ao risco está a afetar a procura de uma ampla variedade de produtos, ao mesmo tempo que se está a generalizar a ideia de quebra da atividade económica, que contraria o sentimento de equilíbrio.