Santander Totta com lucro de 385 milhões
O resultado líquido do banco Santander Totta alcançou 384,9 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2018. Aquele valor é 16% superior ao registado no período homólogo de 2017.
“A qualidade da atividade desenvolvida ao longo de 2018, centrada em Portugal e no crescimento orgânico, e os elevados níveis de capitalização, liquidez e qualidade dos ativos que o Banco evidencia reforçam a nossa capacidade de responder quer às atuais necessidades dos nossos clientes, que são cada vez mais exigentes, quer aos desafios da digitalização e modernização dos serviços bancários”, refere o presidente-executivo do Santander Totta, António Vieira Monteiro.
A margem financeira cifrou-se em 654,8 milhões de euros, o que representa uma subida de 26,9% face ao período homólogo e as comissões líquidas totalizaram 277,3 milhões de euros, aumentando 11,4% face a setembro de 2017. Por seu turno, os resultados em operações financeiras diminuíram 44,3%, atingindo 54,4 milhões de euros.
A margem comercial, no valor de 924,3 milhões de euros, subiu 21,6% e o produto bancário aumentou 14,1%, condicionado pela evolução dos resultados em operações financeiras que diminuíram 44,3% em relação ao período homólogo.
Os custos operacionais totalizaram 464,6 milhões de euros, o que equivale a um incremento de 18,6%. A evolução conjugada do produto bancário e dos custos operacionais conduziu a uma ligeira deterioração do rácio de eficiência (+1,8 pontos percentuais), que se fixou em 47,5%, no final de setembro de 2018.
Os recursos de clientes cifraram-se em 39 528 milhões de euros (já com o impacto da integração do ex-Banco Popular Portugal), equivalente a um aumento de 22%. Os depósitos, que representam 84% dos recursos, subiram 21% e os fundos de investimento comercializados e os seguros e outros recursos mantêm uma evolução dinâmica, tendo aumentado 27,5%. Face ao final do ano anterior, os depósitos registaram um incremento de 6% e os recursos fora de balanço subiram 17%.
Carteira de crédito sobe 17,1%
A carteira de crédito ascendeu a 41 344 milhões de euros, o que representa um aumento de 17,1%, repartido em variações positivas de 13,2% em particulares e de 23,1% no crédito a empresas. O total de crédito manteve-se em linha com o valor registado no final de 2017, justificado principalmente pela venda de carteiras não produtivas. A carteira de crédito ajustada daquele efeito e de “write-offs” teria aumentado 0,8%, nos primeiros nove meses de 2018.
“Mantemos um forte apoio ao desenvolvimento da economia portuguesa, que fica bem patente nas elevadas quotas de produção de crédito a empresas e habitação – respetivamente 19% e 22,2% –, que representam hoje um quinto do total do mercado. O número de clientes de banco principal cresceu 7% em particulares, e 30% em empresas”, refere António Vieira Monteiro.
Entretanto, em outubro, foi concretizada a integração tecnológica e operacional do ex-Banco Popular Portugal. “O excelente trabalho das equipas do banco permitiu que tal tenha sido possível no curto espaço de apenas dez meses, estando o Santander já capacitado para servir todos os seus clientes de forma homogénea, independentemente do seu banco de origem”, indica o presidente-executivo do Santander Totta.