Apresentação Internacional Nissan Juke Hybrid;

Ensaio
Apresentação Internacional Nissan Juke Hybrid
O icónico crossover compacto Nissan JUKE está de volta … agora em modo híbrido.
Em 2010 a Nissan ousou criar o primeiro crossover compacto do segmento B-SUV e, em 2019 lançou-o, renovado. Agora novamente alvo de alterações, adicionando-lhe ainda a versão híbrida. E foi para conhecer esta nova realidade que viemos até Barcelona perceber o que mudou. 
Para aqueles que não se recordam, a marca já tinha ousado neste mercado automóvel quando criou o segmento dos SUV com o Qasqhai, obrigando todas as marcas a criarem uma oferta similar. Com a nova política ambiental em curso, todas as marcas se preparam para estarem up-to-date com o mercado e a Nissan, mesmo com oferta na marca, necessitava de seguir esta opção atual – a eletrificação.
Assim, nesta apresentação internacional que decorreu em Barcelona, foi possível compreender o percurso que a marca se propõe fazer até 2030 – no que denomina Ambition 2030 - tornando-se
  • uma marca 100% eletrificada até 2030
  • com zero emissões no fabrico dos seus modelos
  • zero emissões em condução
e, para isso, apostou forte neste modelo, em itens como a qualidade, a atenção ao cliente, desenho e na tecnologia, indo investir 15,6 mil milhões na eletrificação para os próximos 5 anos, com 23 novos modelos eletrificados, sendo que 15 desses modelos serão 100% elétricos.
Como marca atenta ao mercado, está também focada na redução de custo em mais de 65% das baterias de lítio até 2028 e no desenvolvimento das baterias sólidas para implementar em 2028, deixando de investir nos motores a combustão a partir de 2023.

E o que nos traz o novo Juke?

Traz-nos aquela que é a base de trabalho de qualquer marca: os vários estudos de mercado que lhe permitem identificar uma ou mais persona’s (ou seja, o seu público alvo) que, no Juke, é:
  • indivíduo de 30 a 50 anos
  • 47% dos condutores homens
  • 34% têm educação superior
  • 79% dos condutores têm uma relação conjugal
  • conduzem em média 35 a 45 km dia
  • 75% da sua condução é casa-trabalho
  • possuem uma forte consciência na sustentabilidade e ambiental
E, com base nesta persona, foi possível melhorar e adaptar um produto, que sempre foi irreverente, jovem e dinâmico.
Assim, além do novo logotipo da marca retroiluminado, temos uma nova grelha semelhante ao Ariya (fechada mas podendo abrir consoante as necessidades de refrigeração), novas JLL com capas que melhoram a aerodinâmica e introduzem um aspeto mais jovial ao modelo, novo painel de instrumentos digital – ainda mais intuitivo – melhorias aerodinâmicas, introdução de um som típico que a marca coloca nos seus híbridos e que aqui se denomina “canto”, a arquitetura comum elétrica (atualizações remotas (OTA)), a cloud da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, o ecossistema Google e, neste novo modelo híbrido, o espaço interior que não sofreu alterações, sendo somente a bagageira que teve um decréscimo de 68l na sua capacidade, mas que, segundo a marca, aumentou o conforto, o comportamento e as tecnologias de conforto e segurança (Nissan Intelligent Mobility), a conectividade com Android Auto, Alexa, Wifim Apple Car play.
No interior,  encontramos assim materiais de qualidade, novo painel de instrumentos digital de boa legibilidade, colunas de som incorporadas nos bancos dianteiros, bancos confortáveis e com bom apoio lateral, comando na consola para alterar os modos de condução
Em termos de motorização, o motor é um 1.6 l de 4 cilindros com motor elétrico que fornece 143 cv, que, segundo a marca, melhora em 20% o consumo (obtivemos médias nos dois percursos em estrada, autoestrada e montanha de 5,4 l), conjugados com uma caixa de velocidades multimodal híbrida (a novidade) que lhe permite transformar a experiência de condução do modelo bem agradável, permitindo ao Juke arrancar sempre em modo elétrico e ter sempre uma reserva de bateria para entrar em garagens ou circular, quando necessário, em meio urbano, totalmente a eletricidade. Também como caraterística conseguiu manter o modo elétrico até velocidades de 55km/hora, sabendo que 75% da condução deste modelo é urbana, podendo fazê-lo quase somente em modo elétrico.

E em estrada?

Sendo este um verdadeiro híbrido, tornava-se interessante compreender como a marca colocou o seu know-how tecnológico neste modelo, utilizando a tecnologia da aliança, no particular o motor, conjugando-o com a caixa de velocidades e o e-pedal, conseguindo um elevado grau de regeneração em desaceleração e travagem e permitindo, com isso, recarregar a bateria e circular muitas vezes somente em modo elétrico.
Assim, nas várias interações com o JUKE, percebeu-se que se trata de um modelo pratico, eminentemente urbano, mas sem medo da estrada aberta, confortável (estilo alemão) e com um comportamento previsível e seguro (sem grande adornar da carroçaria), com uma ligeira “afinação desportiva”, visível mesmo nas transferências de massa em curva.
A Nissan proporcionou-nos dois trajetos: um inicial de estrada e autoestrada e outro de montanha, com grandes curvas, e em ambos conseguimos testar o modelo nos vários modos de condução Eco-Standard-Sport, sendo que no modo sport o ruído do motor é ligeiramente mais pronunciado e a caixa reage mais rápido.
Comprovámos também o que a marca mencionou: face ao anterior Juke, a combustão – aumento da eficiência de consumo em 20% e, ao mesmo tempo, incremento da eficiência em 25%, juntamente com a tecnologia e o e-pedal (que não imobiliza o vículo mas o desacelera até ao 5km/hora)
E foi isto que conseguimos comprovar nos dois percursos definidos pela marca: um automóvel divertido de conduzir, mais potente e mais eficiente.
Com início da produção em 15 de Junho e com as primeiras unidades a serem entregues em julho, o preço do Juke começa nos 32 700J para a versão base, até aos 34 000 euros da versão Premiere Edition com um nível de equipamento quase full.





Jorge KM Farromba (jorgefarromba@gmail.com), 22/06/2022
Partilhar
Comentários 0