A Empresa Familiar não vai perder quota de mercado para novos concorrentes;

REFLEXÕES SOBRE EMPRESAS FAMILIARES
A Empresa Familiar não vai perder quota de mercado para novos concorrentes
As empresas atuam em determinadas áreas de negócio que são caraterizadas por uma combinação de múltiplos fatores competitivos.
Nos mercados abertos, a qualquer momento podem surgir concorrentes que, de alguma forma, apresentam alternativas de satisfação das necessidades dos clientes suportadas:
  • em novas tecnologias de produção ou de distribuição (wook.pt da Porto Editora); 
  • no acesso a novos recursos (vinagre Paladin com excedente de uvas uvas da Vale da Rosa);
  • em produtos substitutos (ovos líquidos da Derovo);
  • num novo ou diferente modelo de negócio (Hubel Agrícola e a produção de framboesas em parceria com Madre Fruta e Driscoll’s);
ou em muitas outras variantes mais ou menos elaboradas.
As empresas familiares participantes no estudo “Empresas familiares da próxima geração: Liderando um negócio familiar num ambiente disruptivo”, da Deloitte, consideram que a probabilidade de perderem quota de mercado para novos concorrentes é relativamente reduzida: 27% de potencial ocorrência “versus” 48% de improbabilidade.
Se estes resultados parecem reforçar a confiança na manutenção das respetivas posições do negócio, não devem, contudo, servir para um certo alheamento das movimentações externas.
O número e diversidade de potenciais concorrentes, as inovações em curso, as movimentações de parcerias, a formação de diversos tipos de barreiras, etc., são uma realidade em constante mutação e a que todos devem estar particularmente atentos.
Analisar, estudar alternativas e decidir o que fazer é uma dinâmica que deve estar na mente dos gestores e acionistas das empresas familiares. 
E no limite romper com dogmas, alterar a atitude e pensar que “se não os consegues vencer, junta-te a eles.

Em abril de 2018, o Grupo Alves Bandeira e a OZ Energia estabeleceram uma associação por via da aquisição de 50% do capital por parte da OZ Energia.
Esta operação permitirá unificar o negócio de combustíveis líquidos de ambas as empresas, incluindo as redes de postos de abastecimento.
Com esta entrada no capital, a OZ Energia considera que ganha eficiência e consolida a sua atividade a nível nacional pelo acesso a uma rede de distribuição de combustíveis de âmbito nacional e consolidação da presença do GPL OZ. Para a Alves Bandeira, esta operação proporciona economias de escala relevantes ao negócio e dota o grupo dos meios financeiros necessários para aumentar a rede de retalho.
Os principais acionistas do Grupo Alves Bandeira são a família Alves Bandeira, com mais de 50 anos de experiência, e a família Monjardino com mais de 110 anos de experiência. A OZ Energia é detida pelo Grupo Gestmin, controlado por Manuel Champalimaud.

Temas para Reflexão:
  • Quem são os nossos principais concorrentes?
  • Que soluções existem para sustentar ou elevar a nossa quota de mercado?
  • Será oportuno desenvolver uma estratégia de associação com outros players do nosso mercado?

António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.pt
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Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
Porto   http://www.efconsulting.pt
 

 

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