Novo Banco com a melhor oferta para consolidação de crédito;

Indica análise da ComparaJá.pt para a “Vida Económica”
Novo Banco com a melhor oferta para consolidação de crédito
O Novo Banco é a instituição financeira com a melhor proposta em termos de consolidação de crédito, entre sete avaliadas. A conclusão é da plataforma gratuita de simulação de produtos financeiros ComparaJá.pt, que analisou para a “Vida Económica” a oferta existente em Portugal.
O Novo Banco é a instituição financeira com a melhor proposta em termos de consolidação de crédito, de acordo com a análise que a plataforma gratuita de simulação de produtos financeiros ComparaJá.pt efetuou a “Vida Económica” à oferta existente em Portugal. Para um montante de 20 mil euros a 60 meses, aquele banco proõe uma TAEG de 11,2%.
Outras duas opções competitivas, segundo a simulação da ComaraJá.pt, são as do Credibom (11,6%) e do Santander Totta (12,2%). A pior opção entre as analisadas é da Cofidis (14,2%).
Desde a plataforma gratuita de simulação de produtos financeiros salientam que as taxas indicadas “são apenas indicativas e podem variar bastante, dependendo da análise feita pelo banco em relação ao risco do cliente”. Com efeito, um cliente com um melhor perfil de risco pode até conseguir taxas mais competitivas, para tal bastando apresentar fatores como, por exemplo, estabilidade profissional ou garantias (como ações ou património). “Esta transferência de crédito de uma instituição para outra normalmente envolve a participação de especialistas, embora agora as plataformas de comparação online o façam de forma gratuita”, refere à “Vida Económica” o diretor-geral do ComparaJá.pt, Sérgio Pereira.
Ao diminuir as prestações até 60% a consolidação de créditos afigura-se como uma possibilidade de fuga ao crescente endividamento das famílias portuguesas, de acordo com a mesma fonte. “Depois da crise financeira, muitos portugueses viram-se presos numa espiral de endividamento. Agora, com a descida das taxas de juro apoiadas nas políticas do BCE, é uma boa oportunidade para reduzir o endividamento recorrendo ao crédito consolidado”, conclui.

Redução de encargos até 60%

De acordo com a ComparaJá.pt, as, famílias portuguesas podem encontrar saída para o sobreendividamento “neste produto ainda pouco explorado”. Os números do endividamento das famílias – apesar de terem vindo a baixar – ainda continuam elevados. Em 2015, segundo dados do Eurostat, o endividamento das famílias portuguesas equivalia a 112,59% do seu rendimento bruto. Segundo dados do INE de 2013, em média as famílias portuguesas deviam, cada uma, 50 mil euros.
“Muitas famílias portuguesas atingiram níveis de endividamento a patamares, em muitos casos, alarmantes”, afirma Sérgio Pereira. “A consolidação de créditos tem-se tornado, cada vez mais uma opção para as famílias que procuram diminuir as prestações dos créditos que contraíram”, refere o diretor-geral da ComparaJá.pt.
O caso não é estranho a muitos portugueses. Há quem comece com uma pequena dívida no cartão de crédito e depois começa a acumular outros créditos: crédito automóvel, crédito ao consumo e afins. Depois, quando menos espera, vê-se perante várias prestações que se tornam difíceis de cumprir.
Uma solução apresentada por algumas instituições consiste, então, em consolidar estes créditos num só. Basicamente, tal consiste num banco ceder um empréstimo para cobrir todos os empréstimos já contraídos. Os antigos empréstimos podem ter vários perfis: podem ser de curto, médio ou longo prazo e a consolidação pode, eventualmente, levar a reduções de até 60% nas prestações a pagar, de acordo com a ComparaJá.pt.

“Opção desconhecida por portugueses”

“Consolidar crédito vai, sem dúvida, diminuir o peso das prestações mensais e ajudar as famílias a orçamentar melhor as suas mensalidades. Além disso, apesar da sua utilidade, o crédito consolidado ainda é bastante desconhecido entre os portugueses”, refere o fundador do ComparaJá.pt.
No fundo, há duas formas de proceder à redução do custo do crédito através do crédito consolidado. Uma baixando a taxa de juro média para o mesmo prazo e outra reduzir o valor da prestação ao prolongar os prazos.
A ComparaJá.pt dá, para cada uma das possibilidades, dois casos fictícios, o do casal Fernandes e da Marta. O primeiro baixou a taxa de juro e a Marta aumentou o prazo.
“O casal Fernandes decidiu ir fazer aquelas férias de sonho no México e gastou, num cartão de crédito, 2000 euros. À chegada do tão desejado descanso, devido a um acidente com o carro, tiveram que contrair mais 2500 euros para pagar as reparações. Como se não bastasse, como resultado do impacto do acidente, o Sr. Fernandes teve de recorrer a um dentista no dia seguinte, pelo que o casal se viu obrigado a pedir, no cartão de crédito, um extra de 1500 euros. No total ficaram a pagar 6000 euros a 24 meses com uma taxa de juro média de 19%”, refere a simulação da empresa.
“Depois de fazerem as contas, perceberam que tinham folga orçamental para ir amortizando cerca de 290 euros a cada mês, o que significa que, com juros, no final iriam pagar um total de 7200 euros. No entanto, conhecendo as vantagens do crédito consolidado, optaram antes por consolidar estes cartões de crédito. Encontraram então uma oferta com uma TAEG de 14,2%, em que, pagando 286 euros por mês, no fim pagariam um montante total de 6870 euros, o que lhes permitiria poupar cerca de 330 euros”, acrescenta a ComparaJá.pt.
A consolidação de créditos também é importante enquanto forma de libertar consumidores sobreendividados de pesados encargos mensais que, no limite, já não têm capacidade de suportar. Por exemplo, no caso prático da Marta, houve lugar a uma consolidação de dívidas de três cartões de crédito e dois créditos pessoais.
“Esta professora tinha contraído dois créditos pessoais que, face a um corte inesperado nos seus rendimentos extra, já não conseguia suportar. Foi então recorrendo aos seus cartões de crédito para ir pagando parte das mensalidades, gerando-se um verdadeiro efeito bola de neve de endividamento. Visto os seus empréstimos apresentarem taxas de juro superiores a 20%, na altura em que descobriu a possibilidade de consolidar as suas dívidas os encargos mensais com prestações chegava já aos 986 euros”, indica a simulação.
“Ajudada por consultores especializados, a Marta conseguiu conseguiu um financiamento de 18 000 euros com uma TAEG de 14,4%, solução que lhe reduzir as mensalidades para 343 euros, um alívio essencial para a sua sustentabilidade económica”, remata a ComparaJá.pt.

Aquiles Pinto (aquilespinto@vidaeconomica.pt), 16/12/2016
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