O investimento em I+D é essencial para a empresa familiar;

Reflexões sobre Empresas Familiares
O investimento em I+D é essencial para a empresa familiar
A uma empresa familiar naturalmente associamos a ideia de um passado histórico, por vezes com vários séculos e, como tal, antiquada e com produtos muito tradicionais. Se esses produtos ancestrais forem por exemplo de origem alimentar, aí até pode ser um grande fator diferenciador (veja-se por exemplo o caso do vinho do Porto), agora se forem de ponta, tecnológicos ou de moda, … aí já somos sugestionados e estamos mais abertos a novas entidades (o que não é contradizente com familiar).
Neste contexto estamos a correlacionar dois conceitos completamente distintos: empresa familiar e (in)capacidade de inovação, o que é, na maioria das vezes erróneo.
As empresas têm de ter capacidade para se renovarem e adaptarem à realidade do meio envolvente em que estão inseridas, independentemente da sua caraterística proprietária ou de o controlo ser ou não familiar.  Numa visão histórica de muitas áreas de negócio ou atividade, facilmente conseguimos identificar dois grandes tipos de organizações: as que investiram em investigação, desenvolvimento e inovação e as que sucumbiram.
Reforce-se, contudo, que não é somente por se alocar recursos a esta capacidade de renovação que se assegura a continuidade, mas certamente que esta preocupação em evoluir desempenha um papel deveras relevante.

A Petratex foi fundada em 1989 e desenvolve a sua atividade em diversas áreas, tendo adquirido uma posição de liderança na indústria têxtil. A sua evolução permite combinar conceitos únicos que integram tecnologia, investigação científica, serviço, design e uma equipa com muito talento
dentro dos nossos mercados-alvo: moda, desporto e alta-tecnologia.
Foi a primeira empresa a desenvolver e a patentear uma nova tecnologia – NOSEW ® (“sem costura”) – bem como as máquinas que estão por trás desta técnica: produtos 100% colados. Esta inovação permite revolucionar o mundo dos têxteis – sem costuras as peças podem ser mais confortáveis e com uma estética bem distinta.
Um dos exemplos do grande sucesso desta tecnologia, criados e produzidos por este empresa, são os fatos de natação LZR Racer, comercializados pela speedo, e que foram usados por 94% dos medalhados nas provas de natação dos jogos olímpicos de 2008, Beijing, China, onde Michael Phelps ganhou 8 medalhas. Este produto foi considerado a 26ª melhor invenção do ano 2008 pela TIME. A empresa, em parceria com a Universidade de Aveiro, desenvolveu também a ‘t-shirt’ de monitorização cardíaca Vital Jacket.
Temas para reflexão:
• Temos como filosofia conceber ou produzir produtos inovadores?
• Que percentagem de tempo, pessoas e recursos financeiros alocamos a conceber novos produtos?
• Qual a evolução e representatividade destes produtos no nosso volume de negócios?

António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.es
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https://www.facebook.com/ajncosta
 

Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
Santiago – Porto   www.efconsulting.pt
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