Envolver mais mulheres na empresa leva ao incremento do seu desempenho;

Reflexões sobre Empresas Familiares
Envolver mais mulheres na empresa leva ao incremento do seu desempenho
O desempenho duma empresa parece estar correlacionado com uma maior integração e envolvimento das mulheres na sua estrutura organizativa, em especial nos lugares de maior responsabilidade nas decisões empresariais.
Existem estudos (“Gender Diversity and Corporate Performance”, Credit Suisse Research Institute, 2012; Kellie A. McElhaney and Sanaz Mobasseri, “Women Create a Sustainable Future,” UC Berkeley Haas School of Business, 2012) que demonstram que as organizações que incorporam mais mulheres na sua liderança aumentam a focalização no governo e responsabilidade corporativa, apresentam um maior número de dinâmicas suportadas no talento e uma maior assertividade de mercado.
Se tradicionalmente em Portugal as empresas ainda são lideradas por homens, nas empresas familiares assiste-se cada vez mais à incorporação das mulheres da família em funções chave do negócio.
Esta tendência começou por ser mais visível nas situações de sucessão geracional, contudo, assiste-se cada vez mais à compropriedade e partilha da gestão aquando da génese duma organização.
O futuro certamente demonstrará que visões construídas e implementadas por equipas com equilíbrio de género geram empresas mais robustas e resilientes (pessoalmente, deixo aqui o desafio ao meio académico que se motive por analisar a nível nacional o papel da mulher na liderança das organizações).


Em 1984, Guilherme Cunha Bastos funda a sua empresa, com sede na então freguesia do Carvoeiro, Viana do Castelo, dedicando-se em quase exclusividade a trabalhos para a EDP.
O seu desaparecimento inesperado, em 1996, levou a que sua esposa Maria da Conceição Ramos, até então desligada do negócio, assumisse o enorme desafio da sua liderança.
Partilhando a gerência e a propriedade com o seu filho João, a empresa alarga a sua atividade ao fabrico, montagem e representação de material eletromecânico e à construção civil e obras públicas e engenharia civil.
No ano 2000 é criada a Sobasfer para se dedicar à indústria da serralharia civil, ano em que a empresa é galardoada pela 1ª vez com o Prémio PME Excelência – Construção, a que se seguiriam nos anos seguintes outros reconhecimentos, nomeadamente de PME Líder, e que refletem a aposta da empresa na certificação e a sua boa gestão.
Com 32 anos de existência, certamente que o fundador estaria orgulhoso do que a sua família alcançou neste últimos 20 anos: conseguiu não só preservar como desenvolver o seu importante legado.


Temas para reflexão:
  • Existem funções na nossa empresa que nunca foram assumidas por mulheres?
  • Quais os principais motivos?
  • Essas razões são racionais ou merecem ser colocadas à prova?
António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.pt
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Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
Santiago – Porto   www.efconsulting.pt
 
 
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