Santander Totta fecha trimestre com resultados de 137 milhões
O Santander Totta fechou o primeiro trimestre de 2019 com 137,3 milhões de euros de resultado líquido. Aquele valor é 5,2% superior ao do período homólogo do ano passado.
“O primeiro trimestre de 2019 evoluiu de forma favorável, assistindo-se ao crescimento do negócio nas diferentes áreas”, de acordo com Pedro Castro e Almeida, presidente executivo do Santander Totta.
O crédito ascendeu a 40,5 mil milhões de euros, decrescendo 2,4% em termos anuais, evolução que traduz a gestão das carteiras não produtivas. Excluindo este impacto a carteira teria estabilizado em relação a março de 2018, de acordo com o banco. As quotas de mercado de novos empréstimos de crédito a empresas e habitação situaram-se em 20,5% e 19,6%, respetivamente, até ao final de fevereiro.
Os recursos de clientes totalizaram 40,4 mil milhões de euros, o que equivale a uma subida anual de 9,3%, fruto dos aumentos de 8,9% em depósitos e de 11,9% em recursos fora de balanço. No trimestre, os depósitos aumentaram 2,3%.
O número de clientes particulares de banco principal e o número de clientes digitais registaram crescimentos anuais de 7,1% e 15,9%, respetivamente. O produto bancário aumentou 11,5% com os impactos positivos da evolução das comissões, da atividade de seguros e de resultados em operações financeiras.
O rácio de eficiência foi de 43,3%, uma melhoria de 4,1 pontos percentuais em relação ao período homólogo, resultante dos crescimentos do produto bancário (+11,5%) e dos custos operacionais (+1,9%), respetivamente.
O rácio CET 1 foi de 14,7% (“fully implemented”), com um incremento de 0,7 pontos percentuais em relação ao final de dezembro de 2018.
Transformação digital em curso
A transformação digital é “um importante contributo” para o desenvolvimento da atividade do banco, para Pedro Castro e Almeida. “Durante este período lançámos a plataforma Open-House, que nos vai permitir melhorar significativamente todo o processo de crédito hipotecário. E na mesma linha de proximidade com os nossos clientes, temos já dois “Work Café” – Amoreiras e Coimbra –, conceito inovador que está a ter muito sucesso junto de todos os que nos visitam”, refere o executivo.
No âmbito digital, Pedro Castro e Almeida anunciou, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados trimestrais, que o Santander Totta vai, a partir de julho, começar a cobrar pelas transferências através da aplicação MB Way. O presidente executivo do banco deixou, porém, a promessa de que, nos próximos meses, serão incluídas as funcionalidades do MB Way na app Santander, na qual as transações serão gratuitas para a maioria dos clientes.
Otimismo para o resto do ano
Quanto às previsões para a totalidade de 2019, Pedro Castro e Almeida está otimista. “Relativamente ao resto do ano, as nossas expectativas apontam para um crescimento sustentado dos nossos resultados, baseado na nossa solidez e na inovação dos produtos e serviços, mas a contribuir para o desenvolvimento das famílias e empresas portuguesas”, indica.
Bolsas de mobilidade em países ibero-americanos
O Santander Universidades está a disponibilizar, ao longo deste ano, 210 bolsas de mobilidade para estudantes, professores e investigadores de Portugal em países ibero-americanos, num investimento superior a meio milhão de euros. A nova edição do Programa de Bolsas de Mobilidade está a decorrer desde o mês de abril e abrange 32 universidades e institutos politécnicos em Portugal.
As Bolsas Ibero-Americanas para Estudantes de Licenciatura e Mestrado Santander Universidades são impulsionadas pelo grupo Santander e pretendem reforçar a mobilidade de estudantes entre universidades ibero-americanas, condição necessária para avançar para a construção de um espaço ibero-americano do conhecimento socialmente responsável.
A iniciativa visa fomentar o intercâmbio de alunos, docentes e investigadores entre Universidades dos dois continentes. Só de Portugal, cerca de dois mil estudantes já tiveram até agora a oportunidade de ter uma experiência do outro lado do Atlântico.
O programa é desenvolvido em dez países do grupo – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, México, Peru, Portugal, Porto Rico e Uruguai –, sendo disponibilizadas anualmente mais de três mil bolsas para estudantes de licenciatura e mestrado e 250 Bolsas Santander Investigação, num investimento anual de mais de dez milhões de euros.
Em Portugal, os alunos de licenciatura e mestrado podem candidatar-se ao Programa de Bolsas Ibero-Americanas e efetuarem um intercâmbio de seis meses numa universidade participante. Os professores e investigadores podem usufruir do Programa de Bolsas Santander Investigação, acedendo a estadias de dois meses – ou, se forem alunos de doutoramento, a bolsas de quatro meses.
As candidaturas a cada um dos programas têm de ser formalizadas junto dos gabinetes de relações internacionais de cada universidade e, posteriormente, submetidas no site www.becas.santander.com, que reúne mais informações sobre os programas.
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Investimento de 7,8 milhões em responsabilidade social em 2018
O Santander investiu um total de 7,8 milhões de euros no apoio à sociedade em Portugal no ano passado, de acordo com o Relatório de Banca Responsável 2018. Disponível no site do banco, o relatório foi verificado externamente, pela primeira vez, pela PwC, e segue a metodologia GRI Standards – “Global Reporting Initiative”.
O Santander indica que os quase oito milhões investidos em 2018 são “um sinal do elevado compromisso com a sociedade” e que o valor total investido desde 2013 “supera já os 40 milhões de euros”.
O Santander afirma atuar em áreas onde a sua atividade pode ter um maior impacto e contribuir para o desenvolvimento das pessoas e das empresas. Em 2018, apoiou 330 associações, em causas ligadas à educação, proteção de menores, saúde, incapacidade, inclusão social e cuidados a idosos, com um impacto direto em 23 981 pessoas.
No ensino superior, o banco desenvolveu várias iniciativas através dos 52 acordos de colaboração que tem com instituições de ensino superior portuguesas, tendo atribuído 1100 bolsas e prémios. O Prémio de Voluntariado Universitário e o European Innovation Academy foram alguns dos eventos em destaque.
Dois grandes desafios
No relatório, o Santander apresenta também a sua estratégia nesta matéria e dois grandes desafios: novo ambiente empresarial e crescimento inclusivo e sustentável.
O primeiro surge num contexto de constante evolução (digitalização, plataforma aberta de serviços financeiros, serviço ao cliente, etc.), tendo o Santander definido alguns parâmetros de atuação: uma sólida cultura corporativa – retratada pelo Simples, Próximo e Justo –, uma equipa capacitada e comprometida, práticas de negócio responsáveis, cultura de riscos, criação de valor para o acionista e compras responsáveis.
O segundo desafio passa por um crescimento que promova a inclusão e a sustentabilidade. Nesse sentido, foram definidos alguns objetivos. Na inclusão: satisfazer as necessidades dos clientes, ajudar os empreendedores a abrir empresas e criar postos de trabalho, fortalecer as economias locais e combater a exclusão financeira, e ajudar as pessoas a obter a educação e a formação de que precisam. E ser sustentável: através do financiamento a energias renováveis, do apoio a infraestruturas inteligentes, novas tecnologias agrícolas e produtivas, mais eficientes e sustentáveis, e contribuir para uma economia de baixo carbono.
Neste propósito, o Santander tem vindo a reforçar o seu compromisso para reduzir a sua pegada ambiental, tendo implementado várias medidas nesse sentido, como o projeto “plástico zero”, substituindo os plásticos de uso único por vidro, e a aquisição de eletricidade verde, que o banco pretende começar a adquirir em Portugal em 2019. No ano passado, o Santander lançou também o seu primeiro Fundo Sustentável em Portugal.
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