“Acreditamos que 2022 possa ser um ano de recordes para a ERA”;

Rui Torgal, CEO ERA Portugal
“Acreditamos que 2022 possa ser um ano de recordes para a ERA”
Em entrevista, Rui Torgal, CEO ERA Portugal, destaca o facto de estarem muitíssimo otimistas para 2022, acreditando mesmo que este possa ser um ano de recordes para a consultora, pois sabem que têm todas as condições necessárias para lá chegar e fazer de 2022 um ano de excelência.
Qual a sua opinião sobre o desempenho do setor imobiliário em 2021?
O desempenho do setor imobiliário em 2021 foi bastante melhor do que em 2020 e já muito semelhante aos níveis pré-pandemia de 2019. A trajetória de resultados em 2021 mostra-nos claramente que caminhamos para uma total retoma do mercado, sendo este novo ano um marco para atingirmos a recuperação plena. Ao longo do ano passado, o mercado também continuou a captar um forte interesse de clientes e investidores estrangeiros, o que alavancou o dinamismo do setor e permitiu que as boas oportunidades de negócio fossem rapidamente aproveitadas. Apesar das incertezas vividas devido à pandemia, o mercado adaptou-se e transformou-se, criou novas mecânicas de trabalho e passou a utilizar cada vez mais os benefícios da tecnologia e do digital, de forma a continuar a dar resposta aos desafios e às necessidades do cliente. Podemos afirmar que foi um ano com um bom desempenho por parte do mercado imobiliário português e contamos fechar 2021 como um dos melhores anos para a ERA.

Considera que estão reunidas as condições para que 2022 seja um bom ano para o setor imobiliário?
Estamos, de facto, muitíssimo otimistas para 2022 e acreditamos mesmo que este possa ser um ano de recordes para a ERA, pois sabemos que temos todas as condições necessárias para lá chegar e fazer de 2022 um ano de excelência. Estamos confiantes em que o setor imobiliário viverá um ano de prosperidade, pois continuamos a ser um dos mercados mais apetecíveis da Europa. Para além disso, a banca em Portugal mantém a disponibilidade de financiamento, com “spreads” atrativos, o que nos dá indícios de que é e vai continuar a ser um bom momento para comprar casa, pela facilidade em recorrer ao crédito à habitação.

As alterações ao regime jurídico dos vistos Gold e a criação do ARI vão ter impacto no imobiliário este ano?
Sim, poderá já criar algum impacto no mercado imobiliário ao longo de 2022. Acreditamos que o investimento comece a descentralizar-se das grandes cidades e seja canalizado para outras regiões cada vez mais valorizadas e procuradas pelos clientes internacionais. Falamos, por exemplo, da região do Douro, Madeira e Litoral Alentejano, que têm já começado a receber atenção e novos projetos internacionais. Esta será uma excelente oportunidade para que as regiões periféricas aos centros urbanos ganhem outra relevância e sejam encarecidas em termos de património, qualidade de vida, acessibilidade e natureza envolvente.

Que medidas estão a ser preparadas para apoiar a atividade e estimular o crescimento da ERA?
Uma das missões da ERA para 2022, e para a qual estamos totalmente empenhados, passa pela profissionalização da atividade de mediador imobiliário. Acreditamos ser urgente disponibilizar formações acreditadas, atuais e que se adequem às necessidades e expectativas dos profissionais do setor, de forma a alavancar a profissão, o setor e a resposta ao cliente. Na ERA apostamos em formação contínua porque sabemos a importância de formar os nossos colaboradores e de mantê-los atualizados, pois só desta forma conseguimos estar na vanguarda do mercado e melhor servir quem nos procura. Somos até reconhecidos como a melhor escola de mediação imobiliária em Portugal. Além disso, a tecnologia é também fundamental neste processo de profissionalização da atividade, nomeadamente na automatização de processos e a nível da inteligência artificial. A ERA conta também apostar mais na responsabilidade social, pois o nosso compromisso é com as pessoas, com o planeta e com o setor imobiliário. Assim, pretendemos caminhar cada vez mais no sentido da sustentabilidade e consciencializar para o consumo equilibrado de recursos. É por isso que temos vindo a apostar em projetos residenciais sustentáveis, que integrem soluções para gerar o menor impacto possível no planeta, ao mesmo tempo que incentivam à integração de práticas ambientais diárias que melhoram a qualidade de vida do cliente e agreguem valor ao imóvel.

Quais os projetos e novas iniciativas para apoiar os clientes da ERA?
Temos vindo a trabalhar continuamente para desenvolver as melhores iniciativas, produtos ou projetos que apoiem o cliente no momento de comprar ou vender casa. A aposta em nova tecnologia e digitalização é e será sempre um dos nossos focos. Temos, por isso, investido em ferramentas tecnológicas, como por exemplo, o Lead.ERA, que reforça a nossa aposta em media digital, bem como temos apostado na constante melhoria das nossas ferramentas já existentes (ex: BOT, CRM, etc.).
Além disso, temos investido em novas ferramentas para divulgar e visitar imóveis virtualmente, mas também temos apostado na experiência dos utilizadores que pretendem comprar ou vender caso ao renovarmos o nosso website, que é agora mais responsivo, intuitivo e oferece uma experiência totalmente personalizada. A ERA tem ainda se focado na constante melhoria do produto Garantia ERA, um seguro oferecido ao cliente vendedor que garante ao cliente comprador reparações no imóvel em caso de necessidade. É a única garantia existente no mercado português para casas usadas, e a custo zero para o cliente final.

Neste momento estão reunidas as condições para incrementar a construção de habitação a preços médios?
Estamos convictos de que essa será uma missão a médio prazo. No entanto, é através do nosso programa Obra Nova ERA que temos ido ao encontro desta missão, que estimula a construção e fornece ao mercado projetos residenciais de qualidade, em áreas privilegiadas e a preços acessíveis às famílias. Esta é uma iniciativa com a qual estamos totalmente comprometidos, sobretudo porque vem colmatar a falta de habitação em Portugal. Além disso, com o fluxo de pessoas a mudarem-se dos grandes centros urbanos para zonas limítrofes, acreditamos que vão continuar a surgir novos projetos residenciais nestas zonas, destinados maioritariamente às classes médias e média-alta.
Susana Almeida, 14/01/2022
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