Lagarde mantém decisão da subida das taxas de juro;

Lagarde mantém decisão da subida das taxas de juro
Na sessão de diálogo monetário que teve lugar esta semana em Bruxelas na Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários (ECON) do Parlamento Europeu, a deputada do PSD Lídia Pereira questionou diretamente a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, relativamente ao cumprimento do mandato do BCE para a manutenção da estabilidade de preços na zona Euro. Concretamente, Lídia Pereira questionou Christine Largarde sobre “a adoção de medidas que assegurem uma inflação não superior a 2%”.
Para a social-democrata, Lídia Pereira, com “a inflação galopante a que assistimos – com taxas homólogas de 8% a 9% na Zona Euro e União Europeia –, que coloca em risco a estabilidade de preços e o rendimento disponível das famílias”, era importante que a presidente do BCE respondesse “se estão esgotados os instrumentos de política monetária não convencional, como a compra de ativos da dívida pública?” e se “o BCE pondera regressar à compra de ativos? Se sim, com que valores e prazos?”
A vice-coordenadora do PPE na ECON  salienta, ainda, “a necessidade de enfrentar com coragem um cenário adverso que se apresenta à Europa, sublinhando a necessária normalização da política monetária, pressionando os juros da dívida pública, sobretudo em países mais expostos, como Portugal”, concluiu questionando uma vez mais a líder do BCE, “como vai, em concreto, o novo instrumento antifragmentação proteger os Estados mais expostos aos mercados da dívida, sem que a economia seja “sobreaquecida” e a inflação continue a galopar?”.
Portugal tem a terceira maior dívida pública da Europa e a 12ª maior a nível mundial.

Taxas iniciam subida em julho
Naquela audiência, Christine Lagarde defendeu o aumento previsto das taxas de juro em julho pela necessidade de “normalização da política monetária”, dando como certo o fim de programa de compras de ativos e o aumento previsto de 25 pontos das taxas de juro diretoras já no próximo mês. “Trata-se de uma mudança muito significativa em relação ao que temos visto nos últimos 11 anos e certamente o caminho para a saída de taxas de juro negativas de uma forma ordeira e razoavelmente curta, de acordo tanto com a nossa orientação futura como com a nossa sequenciação”, referiu a presidente do BCE, tal como a VE noticiou na edição da semana passada.
22/06/2022
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