Primeira-ministra da Finlândia quer seis horas de horário de trabalho;

Laboral
Primeira-ministra da Finlândia quer seis horas de horário de trabalho
A primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, defende o corte do atual horário de trabalho no país de oito para seis horas diárias. A proposta foi feita no seu discurso para o partido social-democrata finlandês, na segunda-feira (dia 24), com a governante a argumentar que menos horas podem ser compensadas pelo aumento da produtividade.
A comissão do partido rejeitou, porém, a proposta, adotando, em vez disso, o objetivo de reduzir as horas ou introduzir mais flexibilidade na vida profissional.
“Precisamos de criar uma visão clara e medidas concretas de como a Finlândia pode avançar no sentido de reduzir as horas de trabalho e os trabalhadores finlandeses rumo a uma vida laboral melhor”, afirmou a política de 34 anos aos membros de seu partido
Sanna Marin, que lançou a ideia de uma jornada de seis horas antes de tornar-se primeira-ministra da Finlândia, terá, para levar a sua proposta avante, de convencer os outros quatro partidos da sua coligação para a promover uma redução na jornada de trabalho, num cenário de forte aumento do desemprego devido aos efeitos económicos da pandemia de Covid-19.

“Aumento de produtividade”

Marin, que, entre os primeiros-ministros em funções em todo o mundo, é das mais jovens, lidera o governo de centro-esquerda da Finlândia desde dezembro de 2019, depois que um aliado da coligação ter forçado o seu antecessor, Antti Rinne, a renunciar. Em conjunto com Rinne, que continuou a presidir ao partido até domingo (em que Marin foi eleita), a primeira-ministra finlandesa “moveu” o Executivo de Helsínquia para a esquerda, aumentando as pensões e cancelando alguns dos cortes de gastos do Governo anterior.
Sanna Marin acredita que jornadas de trabalho mais curtas podem ser possíveis com o aumento da produtividade e não estão em conflito com finanças públicas fortes ou com a meta do governo de elevar a taxa de emprego da Finlândia dos atuais 73,7% para pelo menos 75%.
“A riqueza gerada pelo aumento da produtividade do trabalho deve ser dividida não apenas entre proprietários e investidores, mas também entre os empregados comuns”, afirmou.
Aquiles Pinto, 26/08/2020
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