A cultura das empresas familiares incentiva ideias e inovação;

A cultura das empresas familiares incentiva ideias e inovação
Contrariamente às muitas ideias preconcebidas, as empresas familiares são impulsionadoras de novas ideias e de uma cultura de inovação.
Seja na sua génese ou ao longo da sua vida, com especial relevância para os momentos de entrada e coexistência das novas gerações, são múltiplos os exemplos que refletem o inconformismo e o reflexo da implementação de novas ideias nos negócios.
Os dados do estudo “Empresas familiares da próxima geração: Liderando um negócio familiar num ambiente disruptivo”, da Deloitte, refletem expressivamente a associação da
família empresária à disrupção:
  • 81% total ou parcialmente de acordo
  • 8% desacordo parcial ou total.
As famílias empresárias parecem já ter incorporado no seu adn que a sua sobrevivência geracional, para além de outros desafios específicos, está muito associada também à sua capacidade de reinventar os seus negócios.


O grupo José de Mello teve as suas origens em 1898 e no mentor, Alfredo da Silva, da fusão de duas empresas que resultaram na CUF. O séc. XX foi pródigo na entrada em múltiplos negócios: banca, Lisnave, seguros Império, hospital, Soponata, … até à nacionalização das suas mais de 180 empresas, em 1975.
Quase um século depois, a história parece repetir-se. Em 1988 o neto do fundador, José de Mello, inicia a reconstrução do grupo sobe o lema “mais e melhor”: criação de um banco, aquisição da Império, da Soponata, Quimigal (ex-empresas da área química do grupo), Brisa, Efacec e novamente a área da saúde com um hospital. O espírito inconformista, inovador e disruptivo desta família empresária manifesta-se na sua história mais recente:
  • Bondalti – reposicionamento estratégico da indústria química,
  • Brisa - sistema de pagamento inovador a nível mundial,
  • Innovnano - produção de nanomaterias num processo único a nível mundial,
  • Programa Grow – programa de aceleração de startups,
  • Tagus Academic Network - consórcio com universidade para a investigação e do ensino na área da saúde.
Numa recente entrevista (“Expresso”, 2/6/2018),João de Mello, filho de José de Mello e que pertence à comissão executiva do grupo com os irmãos, referia que na Bondalti tinham 26% dos trabalhadores na área da investigação, desenvolvimento e tecnologia.

Temas para reflexão:
  • É a gestão quem deve estar atenta à disrupção do mercado e decidir o que fazer?
  • A inovação deve acontecer em todas as áreas e produtos?
  • Pode-se sobreviver num oceano de disrupções mantendo tradições?

António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.pt
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http://www.facebook.com/ajncosta
 

Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
Porto   http://www.efconsulting.pt

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